Pular para o conteúdo principal

Uma festa Spanko

Oi galerinha, tudo bem com vocês?

Um assunto que tem dado o que falar nas minhas conversas privadas com alguns leitores (que eu adoraria que fossem públicas, seja aqui nos comentários ou no grupo do Discord que criei - para que mais pessoas se conhecessem) são as FESTAS SPANKOS que participei na gringolância.

Sim, é a Disney para spankos, são 3-4 dias de puro spanking e sim foram as experiências mais incríveis que tive na minha vida spanko e sim, essas festas acontecem com alguma regularidade tanto nos Estados Unidos quanto na Inglaterra (e há pequenas festas em outros lugares, como algumas que pude participar em outros países mais próximos e mais baratos de visitar).

O que eu posso falar para vocês:

1. O meio spanko internacional me fez ficar AINDA MAIS rigorosa com o comportamento humano, em especial masculino. Esses dias quis vomitar com vários acontecimentos, por exemplo um homem numa primeira conversa me perguntando "se algo me excitava". Há certas liberdades e frases que não são aceitas fora do Brasil, as pessoas parecem ter mais noção - creio que por acesso à educação mesmo e por uma cultura menos machista.

2. Não acontece sexo nessas festas, nem toques sexuais, é puramente spanking e isso é incrível. É super comum achar pessoas casadas, como eu sou, nessas festas e os parceiros ou vão junto ou não se importam com essas interações porque sabem como a questão sexual é restrita. E essa é uma das razões pelas quais eu jogo mais com gringos, eles costumam respeitar mais que nas minhas cenas NÃO TEM SEXO NORMATIVO ENVOLVIDO. 

3. A safeword é respeitada e todo mundo age de acordo com o protocolo, respeitando CONSENTIMENTO. 

4. Tem gente muito legal e eu amei passar dias fazendo roleplays e conhecendo gente nova. Uma das melhores cenas escolares que fiz foi numa dessas festas com uma amiga bottom e dois amigos tops. Tem cena privada, cena envolvendo mais gente, cena na frente de todo mundo. No fim, é só um monte de amigo normal vivendo o spanking numa casa normal - sem masmorra, sem X, sem roupa de couro. E SIM, É DEMAIS <3 

5. Fazemos releituras de todos os jogos que vocês podem imaginar na versão spanko - jogos de cartas, teatros, sorteios de cenas, jogos de tabuleiros, jogos inventados etc.

6. Há um real respeito pelas pessoas e por limites à privacidade e imagem. Eu, por exemplo, aqui no Brasil me deparo com pessoas pedindo foto numa primeira conversa... Eu sou alguém super dentro do padrão de beleza considerado adequado, porém em tese não quero compartilhar mais por questão de privacidade do que qualquer outra coisa e me incomoda a pessoa mal falar comigo e querer me ver - dá a impressão que está me tratando como um pedaço de carne. Isso NÃO ACONTECE FORA DO BRASIL.

E por qual razão eu estou aqui perdendo tempo com esse blog? Eu realmente acho que podemos ter algo parecido no Brasil... Claro, separando bem o joio do trigo, evitando gente machista e doida, evitando caras desrespeitosos, evitando mulheres que queriam apenas cobrar por sessões. Enfim, dado o devido respeito a todos e a forma de ser de cada um - dá pra juntar os spankos do Brasil!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BDSM X Cena Spanko

Como já falado, o fetiche por palmadas disciplinares está inserido dentro de um contexto de disciplina doméstica e, portanto, temos um cenário que integra o famigerado BDSM. Mas por qual razão um " spanko " é tão diferente de um praticante mais comum do BDSM? Para começar, precisamos entender que é BDSM. Trata-se de uma sigla formada pelas palavras BONDAGE (restrição) - DOMINAÇÃO - SUBMISSÃO - SADISMO - MASOQUISMO. O BDSM geral é formado por pessoas com fetiches relacionados aos termos acima, e sim, nós spankos estamos incluídos nisso. Temos o bondage reunindo pessoas que gostam de restringir ou terem restringidos os seus movimentos, sendo mais comum pessoas terem atração por amarrar e serem amarradas, e, a partir daí, temos uma infinidade de cenários, técnicas e possibilidades. Há os bondagistas que gostam de usar técnicas comuns de corda, outros que são shibaristas e usam de uma arte específica oriental de amarração, há os que usam outras formas de restrição que n

Instrumentos (Primeira Parte)

  Cada um têm as suas próprias preferências e predileções... Eu preciso dizer que prefiro apanhar (e bater) com a mão. Quando se trata de implementos além da mão, tenho uma queda maior por instrumentos de couro, pois com eles minha resistência à dor é maior. Porém, eu amo (e odeio rs) os instrumentos de madeira por eles me assustam já que doem mais, porém tem toda uma atmosfera super interessante que me fascina. Então, vamos começar falando sobre o "instrumento" (só que não), mais famoso de todos... Tãm tãm tãm: a MÃO .  Vamos combinar, nada é mais spanko do que umas palmadas. A equação é simples - mão e traseiro e pronto: você tem um bumbum rosado com pouco esforço. Sem falar que é bastante interessante para ambos, top e bottom, já que há contato da mão com a pele (a depender das vestimentas ou ausência delas). Tem um detalhe importante: a mão dói também ao bater, o que dá uma excelente noção ao spanker do que está fazendo, do quanto está doendo e ajuda sendo mais um sinal j

Vamos Começar por Aqui...

Não, esse não é meu primeiro blog. Não, essa não é minha primeira tentativa de explicar que eu sou uma spanko aqui no Brasil. Não, eu ainda não perdi as minhas esperanças de encontrar alguém e de criar visibilidade ao meu fetiche. E qual é meu objetivo? Encontrar e juntar outros iguais a mim – porque sim, nós existimos no Brasil. Eu, desde a mais tenra idade, fui aficionada por palmadas, mais especificamente por palmadas disciplinares. Eu me lembro com detalhes de desenhos animados e cenas de novelas com palmadas envolvidas. Eu me lembro de ainda muito pequena pesquisar no dicionário e encontrar com certa vergonha a palavra “palmadas” e fechar rapidamente o livrinho observando se ninguém tinha me visto. Eu ainda era criança quando percebi que minha ânsia era diferente da dos demais, pré-adolescente eu usava um vídeo-cassete para gravar possíveis cenas de palmadas em desenhos animados e em filmes. Adolescente, com acesso à internet discada, eu comecei a procurar material sobre palmadas